Terry Pratchett caminha com o Senhor da Foice

Créditos da imagem: Luigi Novi |
Terry Pratchett, o escritor britânico criador da série de livros Discworld morreu nesta quinta-feira. Ele lutava há alguns anos contra uma forma rara da Doença de Alzheimer que se manifesta cedo: ele tinha 66 anos de idade.

À hora do falecimento Pratchett estava cercado por seus familiares e com o gato deitado ao seu lado na cama. Sua obra mais conhecida são os mais de 40 livros da série de fantasia Discworld -- um mundo em forma de disco que repousa sobre os ombros de quatro elefantes que são transportados por uma tartaruga gigante.

Os livros satirizam histórias de autores clássicos do ramo, como C. S. Lewis e J. R. R. Tolkien, bem como mitologias. Nem Harry Potter escapou da estocada. "O mundo perdeu uma das suas mentes mais brilhantes e afiadas", afirmou o editor Larry Finlay, da Transworld.

"Ele enriqueceu o planeta como poucos antes dele", afirma Finlay. "Como todos os que o leem sabem, Discworld foi o seu veículo para satirizar o mundo: ele o fez com grande habilidade, humor enorme e constante invenção", publicou.

"Terry enfrentou sua doença de Alzheimer pública e bravamente. Nos últimos anos, a escrita era o que o sustentava. Seu legado irá durar pelas próximas décadas", conta Finlay.

Como o próprio Pratchett escreveu em O Senhor da Foice: "Ninguém morre de fato até que suas ondulações no mundo morram também".

Segundo um repórter da BBC, a morte do escritor foi totalmente natural e não-assistida, "mesmo ele tendo dito no passado que gostaria de partir no momento de sua escolha".